Tempos de inatividade curtos são a chave do setor da construção e obras públicas, pelo que as empresas de peças de reposição trabalham diariamente para conseguir entregar ao cliente as peças que estes necessitam no menor espaço de tempo possível.
Fomos saber junto das principais empresas de peças de reposição qual o balanço que fazem do último ano relativamente ao volume de negócio de peças de reposição para máquinas e equipamentos de construção em Portugal, quais os tipos de marcas e equipamentos mais vendidos, e quais as estratégias que adotam para auxiliar os seus clientes a reduzir o tempo de paragem das máquinas e aumento de tempos de atividade.
A Blumaq, empresa especializada em componentes e peças de reposição, faz uma avaliação positiva do ano anterior. Segundo João Lopes, do Departamento Comercial da empresa, “o balanço é muito positivo. A nível de faturação, foi o nosso melhor ano, e notámos uma grande procura de novos clientes pelos nossos serviços”. Acrescenta que têm “uma grande procura de material de motor e os seus componentes, material para diferenciais, transmissões e material de desgaste”.
Para a TVH, empresa multinacional de peças de reposição e componentes, “as peças de reposição para máquinas de terraplenagem são estratégicas”. Marina Gonzalez, Field Marketing Specialist, afirma que a empresa cresceu "dois dígitos com as máquinas standard (miniescavadoras, minicarregadoras e minicarregadoras). Com a expansão de peças para dumpers e retroescavadoras, mantemos a nossa linha de crescimento a bom ritmo”.
Marina acrescenta que “as marcas mais vendidas em Portugal, com base nos números do nosso sistema, entre janeiro a abril de 2023, são as peças para JCB, Manitou, Volvo, Caterpillar e Bobcat. Por famílias de produtos, as mais solicitadas são peças para motores de combustão, peças para sistemas hidráulicos e componentes para eixos motores e direcionais. Especificamente por produto, os mais vendidos (por valor, não quantidade) são esteiras de borracha, bombas hidráulicas, filtros, componentes de fixação e kits de reparo hidráulico”.
Ambas as empresas são unânimes quando se fala de evolução do mercado, ao dizerem que acreditam que o mercado não está a abrandar, mas a crescer.
As dificuldades que algumas empresas do setor da construção civil estão a viver, muito agravadas pelo aumento dos custos de matérias-primas e inflação, podem estar a obrigá-las a prolongar o tempo de vida útil dos seus equipamentos e máquinas em operação, levando a que tenham de renovar mais peças ao invés de comprar novas máquinas.
Para a Blumaq, este é sem dúvida um dos pontos a analisar quando se avalia o mercado. João Lopes assume que “há um esforço por parte das empresas em tratar da manutenção das máquinas que possuem, para as conseguirem rentabilizar ao máximo”.
No que respeita à indústria da construção, o tempo útil de operação é a chave do negócio. Para auxiliarem os seus clientes a reduzir os custos de operação, as empresas de peças de reposição criam estratégias para minimizar os tempos de inatividades das máquinas, e conseguirem entregar as peças ou componentes num espaço de tempo muito curto.
João Lopes diz-nos que “a Blumaq é uma empresa que, além de primar pela qualidade do material, é muito focada no prazo de entrega do mesmo, pois temos noção que uma máquina parada é sinal de perda de dinheiro para o cliente, então com toda a nossa rede de logística e fornecedores espalhados pelo mundo, conseguimos ter 95 % do nosso material no prazo de um dia aqui em Portugal. E a nossa preocupação com os prazos de entrega é tão grande, que este ano abrimos uma loja da Blumaq em Penafiel, estendendo assim a rede de distribuição em Portugal”
A sustentabilidade é hoje o pilar central das indústrias, e a da construção não é exceção. “Na Blumaq temos consciência do alto impacto ambiental que as máquinas pesadas exercem em todo o planeta. Acreditamos que o compromisso que a empresa assume com o ambiente e uma produção ágil aliada a um produto de alta qualidade não tem que estar em desacordo. Para isso, a Blumaq implementa nos processos de qualidade a que submete as suas peças as máximas garantias de que são processos respeitosos com o ambiente”, remata João Lopes.
A indústria da construção trabalha já em diversas frentes para contribuir para o desígnio da descarbonização e sustentabilidade, e as peças de reposição são uma peça fundamental dessa engrenagem.
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