Avelino Oliveira tomou posse como presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitetos (OA), para o triénio de 2023-2026, no passado dia 11 de outubro, no Teatro Thalia, em Lisboa.
O novo presidente agradeceu, no seu discurso de tomada de posse, a todos os órgãos sociais cessantes, com especial foco para Gonçalo Byrne, presidente da OA que agora cessa o seu mandato. E especialmente, por esta cerimónia se ter realizado numa obra da autoria deste arquiteto.
“De entre todos, permitam-me um destaque especial ao Gonçalo Byrne. Todos compreendem porque o faço, aqui no Teatro Thalia, obra da sua autoria, ou melhor coautoria. Não é só porque liderou a ordem, mas também porque tem o respeito da classe profissional e mais importante da sociedade civil. A Ordem dos Arquitetos tem no seu passado um longo historial de grandes arquitetos que a lideraram, e o Gonçalo Byrne, pelo seu nome, pelo seu valioso currículo, pela sua cultura e personalidade, já há muito é uma referência na arquitetura portuguesa, mas emprestou o seu prestígio à OA e continua ainda hoje a fazê-lo com particular generosidade e isso coloca-o num lugar de destaque nesse quadro de honra dos grandes nomes da arquitetura. Gonçalo Byrne, Muito Obrigado!”, proferiu o novo presidente.
Prosseguiu o seu discurso dizendo que: “Hoje, a OA representa tudo isso, sociedade, sindicato e associação, ou seja, arquitetos profissionais liberais, arquitetos da função pública, urbanistas, planeadores, professores, projetistas, colaboradores, um sem número de papéis essenciais para o património edificado, o espaço urbano, o território e a paisagem. Esta campanha eleitoral que terminou representa apenas a antecâmara de um movimento que se criou afirmando essa diversidade. Sabemos que se gerou em muitos uma grande expetativa, e que os olhares estão concentrados neste novo ciclo da Ordem dos Arquitectos. Atualmente, a arquitetura e os arquitetos encontram-se perante desafios de grande escala. E por isso temos que estar preparados para concretizar o nosso desígnio social".
Comprometendo-se: "o programa é para cumprir. Que não restem dúvidas, o programa é mesmo para cumprir. E é para cumprir nas suas linhas essenciais. Desde logo recuperar a indispensável ligação aos membros, estar mais próximo em todo o território, ou seja, ter uma gestão marcada por uma dinâmica de baixo para cima, como agora é comum dizer-se (Bottom-Up). E trazer ao debate público sem tibiezas as matérias que nos preocupam a nós arquitetos. E aquelas que nos afetam. Mas não por motivos individuais, temos que saber explicar por que razão isso é uma questão de importância social. Por exemplo: Os honorários muito baixos são promotores de dumping, as baixas remunerações, as carreiras sem regulação nas empresas e ateliês, e sem enquadramento especial na função pública, a legislação caduca e sobreposta, os procedimentos administrativos demasiado complexos, a inexistência de contexto legal para os seguros profissionais, e a gravíssima prática desregulada na contratação pública e privada, prejudicam o país".
Finaliza a sua intervenção referindo que: " (...) agora que iniciamos o mandato, não podemos perder o foco e isso consegue-se enfatizando as métricas que foram propostas e que levaram a que tenhamos merecido a confiança dos colegas. Por um lado, ter os objetivos gerais sempre na mente, mas também cada uma das etapas. E todos fixaram que a primeira etapa que propusemos foi a de fazer a diferença nos primeiros 100 dias. Temos que apresentar um conjunto alargado de medidas concretas nesses 100 dias".
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