O 1°Congresso da APPC teve como tema central a ‘Arquitetura e engenharia: Um setor em mudança acelerada’ e contou com cerca de 250 pessoas presentes num dia histórico para a Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores (APPC).
O evento registou a presença da ministra da Habitação, Marina Gonçalves, Pedro Siza Vieira enquanto presidente do congresso e ainda a presidente da Federação Europeia de Associações de Consultoria de Engenharia (EFCA), Inés Ferguson.
“Tudo aquilo que desfrutamos hoje, a capacidade coletiva de usufruir, tem uma contribuição fundamental deste setor, desempenhando um papel crucial na nossa vida coletiva, desde a mobilidade até à habitação e aos equipamentos públicos. A dimensão importante e estrutural deste setor é essencial para construir infraestruturas e ferramentas coletivas tão cruciais para o nosso quotidiano. Desde arquitetos, projetistas até engenheiros, todo o setor da construção desempenha um papel fundamental na concretização das políticas habitacionais e no esforço de construir milhares de habitações”, afirma a ministra da Habitação, Marina Gonçalves.
“Portugal deve muito à engenharia, à construção, à arquitetura. É todo um setor que sempre deu muito ao país e onde podemos desenvolver competências e capacidades, num momento em que nos preparamos para um nível de investimento muito significativo, num conjunto de infraestruturas que vão ser muito importantes para o nosso futuro, que vão acabar por nos dar coesão interna, que vão conseguir ligar-nos ao mundo por via aérea, por via marítima, por via de telecomunicações, de dados e de informação que agora temos novos desafios para responder, onde precisamos de construir dezenas, centenas de milhares de fogos para responder a um problema de habitação muito crítico”, declara Pedro Siza Vieira, presidente do primeiro congresso da APPC.
A keynote speaker do congresso e presidente da EFCA, Inés Ferguson, aponta o caminho para o futuro: “Penso que o setor de consultoria em engenharia em Portugal está bem ciente da profunda transição pela qual estamos a passar e da necessidade de reforçar as nossas competências e a nossa proposta de valor para fornecer serviços mais digitais e mais ecológicos. Acredito que o primeiro passo é reconhecer isso, abraçar novas tecnologias e modelos digitais para proporcionar valor. Se conseguirmos fazer isso, penso que há um futuro muito promissor para a nossa indústria ao impulsionar a mudança económica e ser muito relevante no aumento da competitividade da nossa economia. Temos o desafio da falta de competências, conhecimento e capacidade. Precisamos de trabalhar nisso. Mas penso que os engenheiros estão muito bem posicionados para abraçar estas novas áreas de conhecimento, integrá-las na sua formação técnica e ser capazes de fornecer uma visão muito boa do caminho a seguir para a nossa economia. Por isso, estou confiante de que a nossa indústria se tornará cada vez mais relevante nos próximos anos”.
“É um dia histórico para a APPC com a realização deste primeiro congresso, que contou com uma adesão que superou as nossas expetativas iniciais, mostrando assim que o setor está cada vez mais unido não só nas preocupações que partilha, mas também nas soluções que procura para o presente e futuro. Acreditamos que estamos em tempos muito desafiantes, com bastante trabalho pela frente, mas com carência de recursos humanos e sem capacidade para reter talentos e consolidar as equipas. Olhamos para um setor em que as revoluções foram múltiplas e, muitas vezes, fomos apanhados de surpresa. No entanto, estamos preparados para o futuro, com um plano estratégico que pretende abraçar todas as empresas do setor de consultoria ligadas à construção para que tenhamos um peso cada vez maior junto das entidades públicas e com efeitos cada vez mais positivos para a sociedade”, refere Jorge Nandin de Carvalho, presidente da direção da APPC.
O primeiro congresso da APPC realizou-se no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e o programa contou com três temas-chave que estiveram em discussão ao longo de todo o dia:
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