A Petronor e a O.C.O Technology vão iniciar, no segundo semestre do ano, a construção da primeira fábrica na Europa continental para o fabrico de agregados sintéticos, ou seja, um agregado calcário manufaturado que substitui os agregados naturais das pedreiras e que também captura CO2 da atmosfera. Além disso, durante a produção, vão reduzir o CO2 e os resíduos, uma vez que estas são as matérias-primas utilizadas para fabricar os novos agregados.
Este projeto terá como acionistas a Petronor, com 75%, e a OCO, com 25%, e fará um investimento de 20 milhões de euros. A central já tem todas as autorizações e o seu arranque está previsto para o início de 2026.
Para o arranque desta central, será utilizado CO2 capturado, como o que provém da refinaria da Petronor, e através da tecnologia O.C.O., o CO2 é colocado a reagir quimicamente com resíduos provenientes da incineração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). O produto obtido são agregados carbono-negativos que serão utilizados como matéria-prima no setor da construção para telhas, blocos de construção, argamassa ou betão não estrutural, entre outros.
"Estamos a gerar um produto manufaturado de agregado que acaba por substituir o agregado convencional de pedreira, com o consequente benefício de evitar a exploração de agregados em pedreiras, promovendo a manutenção da paisagem e a economia circular ao utilizar como matéria-prima resíduos que se destinavam a aterro", afirmam os responsáveis do projeto.
Isto é conseguido graças à aliança tecnológica da Petronor com a O.C.O Technology, onde com a sua Tecnologia de Carbonatação Acelerada (ACT) patenteada, é gerado valor a partir dos resíduos produzidos pela sociedade (resíduos que os cidadãos depositam nos contentores), transformando-os em materiais que são utilizados na construção graças à utilização do CO2 capturado nos processos industriais ou da atmosfera, reduzindo assim a pegada que deixamos no planeta.
A O.C.O. é atualmente uma das poucas empresas no Reino Unido a ter a aprovação da Agência do Ambiente para o 'fim dos resíduos', classificando o agregado acabado como um 'produto'.
Para Emiliano López Atxurra, presidente da Petronor, “A fábrica é, mais uma vez, um exemplo do compromisso da Petronor com o objetivo de descarbonização baseado na inovação e na cooperação tecnológica. Continuamos no caminho que iniciámos com projectos reais e com o nosso compromisso, neste caso com a economia circular e com novos materiais destinados a reduzir o CO2. Estamos num longo caminho, cujo fim requer entusiasmo e esforço, unindo indústria e tecnologia e promovendo projectos para tornar a descarbonização uma ideia forte da humanidade inclusiva”.
Steve Greig, diretor executivo da O.C.O Technology, afirmou: "Este é um marco extremamente importante para a O.C.O Technology e estamos muito satisfeitos por estarmos a trabalhar em estreita colaboração com o nosso parceiro europeu Petronor. Será a nossa primeira instalação de fabrico de agregados e de captura de carbono em grande escala na Europa e a nossa primeira empresa parceira com a formação da Biscay Eco Aggregates S.L. (BEA). Os nossos processos e produtos inovadores estão a fazer uma diferença significativa na contribuição para a economia circular de baixo carbono. Acreditamos firmemente que esta é apenas a primeira de muitas oportunidades para demonstrar como a nossa tecnologia pode transformar a forma como o setor europeu da energia a partir de resíduos gere os materiais de desperdício".
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