Esta nova realidade impõe a adoção de metodologias de gestão dos ativos que, baseadas em princípios de sustentabilidade, conduzam a uma crescente resiliência das infraestruturas, mas também justificando a definição de procedimentos, designadamente no plano legal e financeiro, que permitam uma atuação célere na resposta a essas ocorrências, em especial quando põem em causa as condições de segurança impondo restrições à circulação e mobilidade das populações.
A Infraestruturas de Portugal (IP) tem vindo a trabalhar na avaliação do risco e definição de medidas a adotar no sentido de aumentar a resiliência das infraestruturas face à ocorrência de eventos climáticos extremos e também na resposta rápida às situações que provocam danos severos nas infraestruturas, atuando de imediato na sinalização das vias condicionadas, salvaguardando a segurança dos utilizadores, e na definição de soluções técnicas adequadas no sentido de restabelecer com a maior brevidade possível as condições de mobilidade das populações.
Exemplos deste trabalho são as ações realizadas pela IP no troço do IP4, entre Ansiães (Nó do Alto Espinho) e Campeã, no IC2, no concelho de Águeda, freguesia de Macinhata do Vouga, e na Ponte sobre a Ribeira Grande na EN245, em Fronteira, vias que sofreram consequências graves provocadas por fenómenos climáticos adversos.
Ao início da tarde de dia 21 de agosto, foi restabelecida a circulação rodoviária no troço do IP4 entre Ansiães (Nó do Alto Espinho) e Campeã. Esta via tinha sido interdita à circulação automóvel na sequência do colapso da Passagem Hidráulica localizada ao km 77,015, ocorrido no passado dia 21 de março de 2024, que originou o abatimento da plataforma rodoviária.
Logo após a ocorrência a IP iniciou as diligências necessárias à reposição da circulação naquele troço, o que agora é possível graças à conclusão da correspondente empreitada, a qual consistiu na substituição da passagem hidráulica por uma estrutura em betão armado circular com um diâmetro de 1,50 metros e na reposição da plataforma rodoviária.
De acordo com o planeamento inicial comunicado pela IP a reabertura deste troço rodoviário estava prevista para o final do mês de setembro. No entanto, em resultado da otimização dos processos internos de elaboração do respetivo projeto de execução, do desenvolvimento do procedimento de contratação pública e do acompanhamento e gestão contratual associados a esta obra, e também do desempenho do empreiteiro, foi possível reduzir os prazos iniciais estimados e antecipar a data para abertura ao tráfego.
Relativamente ao corte de tráfego implementado ao km 241,500 do IC2, no concelho de Águeda, freguesia de Macinhata do Vouga, provocado pelo deslizamento do aterro e da plataforma rodoviária, e na sequência da celebração do contrato em regime de conceção construção, informa-se que após aprovação do respetivo projeto de execução, a IP procedeu, a 20 de agosto, à consignação da respetiva empreitada.
A consignação da obra nesta altura é essencial para que os trabalhos - que consistem na reposição do aterro e da sua drenagem interna e superficial, longitudinal e transversal, bem como na reposição da plataforma rodoviária, incluindo-se pavimentação, sinalização horizontal e vertical, equipamentos de guiamento e balizagem e guardas de segurança - possam decorrer antes do início da época invernal e que o tráfego seja restabelecido até final deste ano.
Recorda-se que, dada a dimensão dos danos verificados, esta é uma intervenção de grande envergadura e complexidade, tendo um custo associado de 3,169 milhões de euros.
O terceiro corte de via ocorre ao km 041,406 da EN245, em Fronteira, em consequência dos danos irreparáveis na ponte sobre a Ribeira Grande ocorridos em dezembro de 2022, tendo sido, entretanto, disponibilizada uma solução provisória para o atravessamento do tráfego automóvel.
O processo para a construção da nova ponte foi objeto de um concurso público em regime de conceção construção, com um preço base de 6 milhões de euros, o qual está na sua fase final, prevendo-se que a adjudicação da obra ocorra em breve.
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