6ª edição do Portugal Railway Summit com foco no futuro da ferrovia

Nos dias 21 e 22 de maio, realizou-se, no Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento, a 6ª edição do Portugal Railway Summit, sob o lema 'O comboio não pode parar'.

A edição deste ano centrou-se em temas estratégicos como a alta velocidade, a segurança e cibersegurança, a inovação, a inteligência artificial, a sustentabilidade, os critérios ESG (ambientais, sociais e de governação), a intermobilidade e o papel da ferrovia no contexto europeu atual.

O evento reuniu especialistas e representantes de entidades nacionais e internacionais para debater os principais desafios e oportunidades da ferrovia em Portugal e na Europa.

No dia 21, o primeiro painel foi dedicado à alta velocidade em Portugal, com apresentação inicial de David Torres, da ALSTOM e um debate, moderado por Anselmo Crespo, que contou com a participação de Miguel Cruz, presidente da Infraestruturas de Portugal, Pedro Moreira, da CP, Manuel Besteiro Galindo, da ADIF, Óscar Gómez Barbero, da RENFE, Castanho Ribeiro, da B Rail, e Javier Anibarro García, da INECO, que apresentou um estudo sobre a experiência do modelo espanhol.

Na sua intervenção, Miguel Cruz fez o ponto de situação do projeto de Alta Velocidade, destacando os troços atualmente em desenvolvimento e os modelos de Parceria Público-Privada (PPP) que estão a ser considerados. Destacou ainda o apoio do financiamento comunitário para este projeto e sublinhou a competência técnica da Infraestruturas de Portugal, bem como a experiência decorrente de processos nacionais e internacionais. 'Com prazos bem definidos e metas claras, a Alta Velocidade representa um investimento estruturante para o país, contribuindo para uma mobilidade mais sustentável e alinhada com os objetivos de coesão territorial e transição climática da União Europeia'. Terminou destacando a importância das ações promovidas pela Plataforma Ferroviária Portuguesa no desenvolvimento de um ecossistema de dinamização do setor.

No segundo dia, no Painel 5 | Inovação – Ferrovia Disruptiva, Patrícia Figueira, Diretora de Sustentabilidade e Inovação, destacou:

• As grandes tendências com implicações no sistema de mobilidade e transportes e respetivos desafios para a ferrovia.
• O papel central da inovação na resposta a esses desafios, contribuindo para um sistema ferroviário mais sustentável.
• A importância da previsibilidade do investimento e financiamento da inovação.
• A Adesão da Aliança PT – agrupamento de entidades portuguesas, liderado pela IP - a Membro Associado da EU-Rail, vem reforçar a capacidade de planear, inovar e alinhar investimentos com as prioridades da política europeia, assumindo um compromisso estratégico em 3 áreas prioritárias:
• Flagship 1 - Planeamento e gestão de redes e de mobilidade;
• Flagship 3 - Gestão inteligente e integrada de ativos;
• Flagship 4 – Um sistema ferroviário sustentável e ecológico.

No painel 6, dedicado a segurança e cibersegurança, José Carlos Gonçalves, responsável pela cibersegurança e Chief Information Security Officer apresentou os principais desafios e estratégias de atuação da IP nas várias vertentes desta temática, sob o título, 'Infraestruturas Críticas, Segurança & Cibersegurança':

Importância da Cibersegurança na Ferrovia

• Cenário de ameaças em expansão
• Principais desafios tecnológicos
• Desafios operacionais e organizacionais
• Regulamentação e conformidade
• Benefícios da cibersegurança

Cibersegurança no Grupo Infraestruturas de Portugal

• Compromisso com a cibersegurança
• O que é cibersegurança?
• Grupo ciberSecIP
• Plano estratégico de cibersegurança desde 2019
• Regulamentação e diretivas de referência

Fonte: Infraestruturas de Portugal