Decorreu esta semana na sede da Infraestruturas de Portugal (IP), no Pragal, o International Workshop 'Leveraging Innovative Technologies to Improve Asset Management', uma iniciativa que reuniu especialistas mundiais para debater o papel das tecnologias emergentes na recolha, análise e gestão de dados aplicados às infraestruturas rodoferroviárias.
Organizado pela IP, o workshop contou, na sessão de abertura, com a intervenção do Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, de Miguel Cruz, presidente da Infraestruturas de Portugal e de Rui Neves Soares, em representação do presidente do Instituto da Mobilidade e Transporte (IMT) e 1.º Delegado de Portugal na PIARC. João Portela, presidente do Centro Rodoferroviário Português (CRP), Miguel Caso Florez e Gerardo Flintsch, da PIARC - World Road Association, foram outros dos oradores convidados. “A gestão de infraestruturas, numa perspetiva integrada, inovadora e focada, acima de tudo, na segurança de quem usa estes ativos todos os dias, está no centro da ação do trabalho da Infraestruturas de Portugal".
Esta foi a mensagem de Miguel Cruz que marcou o início do Workshop. O presidente da IP alertou para a realidade global da emergência climática e como o problema exige respostas concretas e imediatas: “A Infraestruturas de Portugal está plenamente comprometida com esse esforço, alinhando a sua atuação com o Acordo de Paris e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, em particular os ODS 7, 9, 12 e 13. Em linha com este compromisso, temos desenvolvido múltiplas iniciativas para tornar as nossas infraestruturas mais resilientes às alterações climáticas e aos eventos extremos e vamos continuar a fazê-lo", explicou.
Na sua intervenção, Hugo Espírito Santo enfatizou a necessidade de se garantir que a inovação não seja “apenas um exercício intelectual” e que para tal é preciso “que se renovem as abordagens e comportamentos de gestores e de profissionais”.
O Governante deu ainda nota de que anunciar investimentos é “importante porque mostra às pessoas que há uma estratégia de futuro”, mas realça que concretizar esses investimentos “é imperativo”.
Ao longo da manhã, foram abordados temas como as tecnologias para recolha e monitorização de dados, com exemplos de soluções inovadoras para a integração da gestão de ativos com a segurança rodoviária, o uso da inteligência artificial na engenharia de pavimentos, e os obstáculos à adoção generalizada de novas tecnologias. Os especialistas convidados discutiram ainda as tecnologias aplicadas à análise e à tomada de decisão, com intervenções sobre a utilização do BIM e de ferramentas 3D em inspeções de pontes, a aplicação de dados para a gestão rodoviária e os desafios na consistência entre análise e decisão.
O programa incluiu um painel de debate sobre boas práticas em gestão de ativos, com representantes de entidades portuguesas e internacionais, como a Brisa, a Infraestruturas de Portugal, a ASFiNAG (Áustria), a Administração de Transportes da Estónia e o California DOT (EUA).
Na sessão de encerramento, Gerardo Flintsch apresentou as conclusões técnicas da Comissão Técnica 3.3, destacando o “papel determinante da inovação tecnológica na eficiência e sustentabilidade da gestão de ativos”. Eduardo Fortunato, membro do Conselho Diretivo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), encerrou, oficialmente, o encontro que reforçou o papel de Portugal como ponto de encontro internacional para a inovação na mobilidade e na gestão de infraestruturas.
Após o Workshop realizou-se um momento de networking onde os participantes reforçaram a necessidade de fomentar a cooperação internacional, mostrando que a inovação tecnológica não tem fronteiras quando o objetivo é melhorar a vida das pessoas e preparar as infraestruturas para os desafios do futuro.

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