IP: primeira linha de defesa de uma empresa são as pessoas

A crescente digitalização das infraestruturas críticas abre novas oportunidades de inovação, mas também amplia os riscos a que estas organizações estão expostas. Consciente desse desafio, a Infraestruturas de Portugal (IP) tem reforçado a sua estratégia de proteção dos sistemas ferroviários e rodoviários, num esforço que vai muito além da tecnologia.

"A cibersegurança não é apenas uma questão técnica. É uma questão estratégica e cultural, que depende do compromisso de todos. A primeira linha de defesa de uma empresa são as pessoas", sublinha Catarina Pereira Coutinho, diretora dos Sistemas de Informação da IP.

Entre os principais desafios, a responsável destaca “a diversidade tecnológica dos sistemas, muitos deles legados e com diferentes níveis de obsolescência, e a crescente complexidade da integração digital". A par disso, surgem também as ameaças externas, como ransomware, phishing ou tentativas de intrusão, bem como os riscos associados a fatores humanos.

Para responder a este cenário, a IP estruturou a sua atuação em vários eixos: avaliação contínua de riscos e ativos críticos, políticas de segurança robustas, monitorização permanente, planos de contingência e recuperação, cooperação institucional e tecnológica, e sobretudo, a formação e sensibilização dos colaboradores. "Podemos ter as melhores ferramentas - os nossos colegas da IP Telecom, liderados pelo José Carlos Gonçalves, têm feito um ótimo trabalho neste âmbito - mas sem pessoas conscientes e preparadas, a proteção nunca será completa", reforça a responsável.

A par das medidas técnicas, a empresa acompanha ainda a evolução regulatória e normativa, que impõe novas obrigações no reporte de incidentes e na adoção de padrões internacionais de segurança.

No centro da estratégia está uma mensagem clara: proteger as infraestruturas é proteger a economia, a sociedade e as pessoas. "Quando falamos de cibersegurança, falamos de confiança. E confiança é aquilo que garante que o país se move em segurança", conclui.