Na passada semana, em Vila Nova de Gaia, realizou-se a 2ª edição da Conferência Verlingue Expertise Session, dedicada aos líderes do setor da construção em Portugal, com o objetivo de aumentar a literacia em seguros e discutir os desafios e as transformações que têm moldado este setor — responsável por mais de 10% do PIB nacional e mais de 300 mil postos de trabalho.
O evento reuniu representantes de entidades públicas e privadas de referência, como a Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Allianz Trade, Banco Português do Fomento, Grupo CASAIS, HCI Construções e ZAGOPE, bem como seguradoras, parceiros e imprensa.
Na sessão de abertura, Luiza Fragoso Teodoro, CEO da Verlingue Portugal, sublinhou a importância da inovação, da sustentabilidade e da competitividade do setor, destacando o papel do investimento público, nomeadamente através do PRR. Apelou, ainda, à responsabilidade social, reforçando que “construir é mais do que erguer estruturas, é criar dignidade e esperança”.
Neste contexto, a conferência reforçou a missão da corretora ('Protegemos o Futuro') e o seu compromisso com a comunidade, ao voltar a apoiar a associação Just a Change, presente com um stand no evento. A organização dedica-se à transformação de casas degradadas em lares dignos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
O evento contou com a intervenção de Pedro Dominguinhos, Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, que apresentou a evolução e tendências do setor da Construção, destacando o crescimento acima da média europeia nos últimos cinco anos. O responsável alertou, contudo, para fragilidades como a baixa produtividade, a escassez de mão de obra qualificada e a burocracia nos processos públicos, apontando para a necessidade de uma tripla transição: digitalização, industrialização e sustentabilidade.
Moderado por Orlando Coutinho, head of Credit & Surety Solutions da Verlingue Portugal, este painel contou com a participação de Gonçalo Regalado, CEO do Banco Português de Fomento, Margarida Pedroso, insurance and bonds manager da ZAGOPE e André Granado, board member & commercial and marketing director da Allianz Trade.
O debate centrou-se nos mecanismos de financiamento e nas obrigações legais associadas às obras públicas, abordando os riscos e responsabilidades que recaem sobre empreiteiros e entidades contratantes.
Foram discutidas as exigências complexas dos concursos públicos, a necessidade de maior divulgação dos instrumentos de crédito e caução, e a importância da transformação digital e da sustentabilidade como fatores de competitividade. Os intervenientes sublinharam que, apesar da pressão do fator preço, a excelência na execução e a credibilidade das empresas continuam a ser determinantes para o sucesso no setor.
Moderado por Diogo Agostinho, Chief Operanting Officer do ECO, este painel contou com a presença de Nuno Fernandes, general manager do Grupo Casais e Vítor Lúcio da Silva, presidente do Conselho de Administração da HCI Construções.
A discussão abordou os desafios estruturais da construção em Portugal, nomeadamente a escassez de mão de obra qualificada e a necessidade de atrair jovens para o setor através de propostas de carreira mais atrativas. Foi também destacada a relevância da imigração como fator de equilíbrio na execução das obras.
Os oradores enfatizaram, ainda, a importância da digitalização como veículo incontornável para aumentar a eficiência e modernizar processos, alertando para a necessidade de uniformização tecnológica e de trabalho preparatório para que a inovação seja efetivamente integrada nas empresas.
A segunda metade da sessão contou ainda com a intervenção de Eduardo Morais, head of Risk Consultancy & Analysis da Verlingue Portugal, que destacou a relevância de uma cobertura robusta de responsabilidade civil na construção, frequentemente negligenciada em Portugal, e posicionou a corretora como uma 'boutique especializada' capaz de antecipar riscos e aportar valor às empresas do setor.
Para apoiar este debate e fortalecer a literacia em gestão de risco no setor, a Verlingue Portugal desenvolveu, em parceria com a equipa do PRR, um Manual de Gestão de Risco na Construção — um documento exclusivo entregue a todos os participantes da conferência. Este guia reúne as principais práticas, recomendações e mecanismos de mitigação de risco aplicáveis ao setor, servindo como ferramenta de apoio para empresas que pretendem 'Alavancar a Construção' de forma mais sustentável, eficiente e competitiva.
O encerramento do evento esteve a cargo de Fernando Machado, vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que reforçou a importância de garantir que o crescimento económico se faz com transparência e sustentabilidade, alinhando-se com os valores promovidos pela iniciativa.
Com esta 2.ª edição do Expertise Session, a Verlingue Portugal reafirma o seu papel como parceiro estratégico do setor da construção, promovendo a gestão de risco, a inovação e a responsabilidade social, e contribuindo para a construção de um futuro sólido e sustentável.
A 3ª Edição da Conferência Verlingue Expertise Session está já agendada para 2026, prometendo promover a literacia noutro ramo segurador, setor de atividade ou risco corporativo.

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