BO13 - EngeOBRAS

2025/3 13 Preço: 11 € | Periodicidade: 4 edições por ano | Setembro 2025 EU STAGE V De 4,1 a 670 kVA A energia estelar necessária aos alugadores de equipamentos Apostamos na qualidade e num desempenho excecional, de forma a cuidarmos do planeta sem renunciar a grupos geradores de elevada robustez. CUSTOM ENERGY SOLUTIONS MADE IN EU SUSTENTÁVEL FIÁVEL SILENCIOSA POTENTE INTELIGENTE dagartech.com

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Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Defensores de Chaves, 15, 3.º F 1000-109 Lisboa (Portugal) Telefone +351 215 935 154 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Grupo Interempresas Media, S.L. (100%) Diretora Luísa Santos Equipa Editorial Luísa Santos, David Múñoz redacao_engeobras@interempresas.net www.engeobras.pt Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 44 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127810 Déposito Legal 498357/22 Distribuição total +13.900 envios. Distribuição digital a +13.200 profissionais. Tiragem +700 cópias em papel. Edição Número 13 – Setembro de 2025 Estatuto Editorial disponível em https://www.engeobras.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Lidergraf Rua do Galhano, n.º 15 4480-089 Vila do Conde, Portugal www.lidergraf.eu Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da Engeobras adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. SUMÁRIO ATUALIDADE 4 EDITORIAL 5 Smopyc 2026: uma edição recorde que voltará a transformar Saragoça na capital das máquinas 10 Operator Challenge 2025: talento ao comando das máquinas CAT 14 Entrevista a Rodrigo Carrera, country manager da Husqvarna Iberia 16 Convenção ERA 2025 aprofunda como enfrentar as transições no aluguer 22 Alayan, GAM, Loxam e Kaeser entre os vencedores dos Prémios Europeus de Aluguer 2025 24 LoxamHune ultrapassa os 43% de EBITDA e fatura mais de 96 milhões até junho 26 O futuro da construção em Portugal: a visão da STET 28 GAM reforça aposta na inovação com a distribuição da XCMG em Portugal e Espanha 30 Entrevista com Pedro Martínez-Herrera, diretor-geral da Drillcon para Portugal e Espanha 32 Sandvik apresenta iSure Geo para otimizar o processo de escavação 36 Epiroc assina o maior contrato da sua história 38 MB Crusher: transforma resíduos de pedreira em valor acrescentado 40 Dagartech: energia personalizada e cada vez mais presente nas instalações portuguesas 44 Nasce Glassinter: nova marca de vidros industriais onde a TVH une qualidade, segurança e visibilidade 46 Robustrack: especialistas em soluções de borracha para máquinas compactas 48 J.J.M. Esperança distinguida como empresa Inovadora COTEC 2025 50 Grua PK 580 TEC Palfinger domina as tarefas de elevação mais exigentes 52 Entrevista com Matteo Pasinato, diretor de eventos da Samoter 2026 54 Segeda lança nova perfuradora compacta e conectada à nuvem 60 Putzmeister lança Wetkret 2 Narrow Vein: uma solução robotizada para betão projetado 61 Hamm amplia gama de compactação com o novo HC 130i C VA 62 Escavadoras de rodas Develon apresentam melhorias de desempenho 64

4 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Epiroc anuncia nova região Southern Europe A Epiroc deu mais um passo estratégico na sua evolução organizacional com a criação da nova região Southern Europe, que reúne os mercados de Portugal, Espanha, França, Bélgica e Itália. Desde 1 de julho de 2025, a nova estrutura tem como objetivo reforçar a presença da empresa nestes mercados, melhorar a eficiência operacional e promover uma colaboração mais próxima entre os países. A região será liderada por Hakan Aytekin, que exerceu funções como general manager ibérico no último ano e assumirá agora o cargo de regional general manager, sediado em Madrid. A apoiar esta nova estrutura, a região contará também com dois country managers: • Marco Arato, Country Manager para a Itália; • Jean-Baptiste Corona, Country Manager para FrançaEsta reorganização reflete o compromisso contínuo da Epiroc em melhorar a forma como serve os seus clientes, criar sinergias entre mercados e reforçar a sua posição como parceiro global de produtividade nos setores mineiro e de infraestruturas. GAM atinge 152,1 milhões de euros em receitas e dispara lucro líquido em 32% A GAM alcançou um volume de negócios de 152,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2025, 6% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Este crescimento nas vendas impulsionou o lucro líquido para 2,8 milhões, 32% superior ao de 2024. A chave para estes resultados — período em que a empresa alcançou um sólido crescimento em todos os seus principais negócios — reside numa notável melhoria da rentabilidade operacional. O EBITDA cresceu 11%, para 42,8 milhões de euros, elevando a margem sobre vendas para 28%, um ponto percentual a mais. Por sua vez, o EBIT disparou 36%, atingindo 14 milhões. Com estes dados, a multinacional espanhola reflete a evolução positiva de todas as suas linhas de negócio. A área de negócio recorrente, que representa 28% do total das receitas, cresceu 12% (até 42,8 milhões de euros), enquanto os negócios de distribuição e pós- -venda cresceram 6% em relação ao mesmo período do ano anterior (até 52,4 milhões de euros). A consolidação do projeto Reviver contribui para o controlo do investimento e menor necessidade de Capex. Tudo isto é o motor da estratégia da GAM de apostar em serviços de maior valor agregado e menor intensidade de capital. Também melhoraram, embora em menor grau, o aluguer e os serviços de curto prazo: 3% a mais, até 56,9 milhões.

5 EDITORIAL O dinamismo que se vive atualmente na construção em Portugal está a criar um cenário especialmente propício ao crescimento do setor do aluguer de equipamentos. A combinação de investimentos públicos em infraestruturas, o impulso de projetos imobiliários e a captação de fundos europeus colocam as empresas num momento de intensa atividade, em que a flexibilidade operacional se tornou um fator decisivo. Neste contexto, o aluguer de máquinas surge como uma solução ágil e eficiente para empreiteiros e subempreiteiros que precisam de responder rapidamente a obras cada vez mais complexas e exigentes. A opção do aluguer permite reduzir riscos, ajustar custos e aceder a uma frota moderna e diversificada sem comprometer a liquidez. Outro aspeto fundamental é a renovação tecnológica. Os equipamentos de última geração não só oferecem maior rendimento, mas também melhorias em termos de sustentabilidade, segurança e eficiência energética. As empresas de aluguer investem continuamente na atualização dos seus parques de máquinas, o que garante aos clientes acesso imediato a soluções inovadoras capazes de cumprir os mais rigorosos padrões em matéria de produtividade e respeito pelo ambiente. A isto soma-se a crescente necessidade de especialização. Cada obra requer máquinas adaptadas a condições muito específicas: escavadoras de diferentes tonelagens, plataformas elevatórias, compactadores, gruas, equipamentos de demolição... A versatilidade proporcionada pelo aluguer facilita a satisfação de necessidades pontuais, sem necessidade de imobilizar capital em ativos que só são utilizados em fases específicas do projeto. O setor do aluguer oferece, além disso, um valor acrescentado em serviços associados. Desde a manutenção preventiva até à formação de operadores, passando pela assistência técnica imediata na obra, a oferta visa garantir a continuidade e minimizar as paragens. Esta visão integral torna o fornecedor de aluguer um parceiro estratégico, mais do que um simples fornecedor. Em suma, a conjuntura de expansão da construção em Portugal abre uma janela de oportunidades para o negócio do aluguer de maquinaria. As empresas que souberem aproveitar esta tendência, apostando na qualidade, inovação e serviço, consolidarão a sua posição num mercado cada vez mais competitivo e profissionalizado. O futuro imediato confirma que alugar já não é apenas uma alternativa: é uma vantagem competitiva. Aluguer de máquinas: chave estratégica para uma construção em franca expansão Mercado das obras públicas arranca 2º semestre com crescimento robusto Segundo dados divulgados pelo Barómetro de Obras Públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), até ao final do mês de julho de 2025 o montante global dos concursos de empreitadas de obras públicas atingiu 6.971 milhões de euros, mais 1.058 milhões do que em igual período de 2024 (5.913 milhões), o que corresponde a um crescimento de 18%. Ao longo dos sete primeiros meses de 2025, o valor dos contratos de empreitada de obras públicas celebrados no âmbito de concursos públicos totalizou 2.835 milhões de euros, o que representa um crescimento significativo de 61% face ao valor registado no mesmo período de 2024. Neste contexto, salienta-se um diferencial entre os contratos celebrados e os concursos lançados na mesma modalidade, que ascende a 4.136 milhões de euros desde o início do ano. No que respeita aos contratos de empreitada celebrados nas modalidades de ajuste direto e consulta prévia, verificou-se uma redução de 8% em termos homólogos. Deste modo, o montante total das empreitadas de obras públicas objeto de celebração de contrato e registo no Portal Base, até julho de 2025, totalizou 3.520 milhões de euros, valor que traduz um acréscimo de 53% face ao período homólogo.

6 MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ATUALIDADE Sandvik lança simulador de treino Automine para perfuração à superfície A Sandvik Mining apresenta o novo simulador de formação AutoMine para perfuração à superfície, concebido para acelerar a formação dos operadores e melhorar a eficiência nas operações de perfuração automatizadas. Disponível para todos os equipamentos de perfuração à superfície da série i, o simulador oferece um ambiente de formação realista, seguro e económico para preparar os operadores e especialistas para as exigências da mineração moderna. Paolo Mantovani é o novo diretor de OEM industrial & OTR Europa da BKT "O simulador de formação AutoMine para perfuração à superfície preenche a lacuna entre as lições para a preparação das operações, proporcionando aos operadores um ambiente imersivo e prático, onde podem treinar, cometer erros e aperfeiçoar as suas competências antes de trabalhar numa mina real", afirma Anu Pyysalo, diretora de Soluções de Aprendizagem em Automação da Sandvik Mining. "Esta abordagem acelera a aprendizagem, melhora a confiança e garante que os operadores estejam totalmente preparados para gerir sistemas automatizados complexos com segurança e eficácia. Operadores bem preparados tomam melhores decisões, respondem mais rapidamente aos desafios e operam de forma mais consistente, o que se traduz em aumento da produtividade, redução de custos e operações de mineração mais seguras". A BKT Europe reforçou a sua estrutura OE ao anunciar a nomeação de Paolo Mantovani como diretor OEM Industrial & OTR Europa. A subsidiária europeia da Balkrishna Industries Ltd – fabricante líder na indústria de pneus fora de estrada – assinala um marco estratégico, acelerando assim a sua jornada para se tornar um player global de primeira linha no mercado de Equipamento Original (OE). Com mais de 15 anos de experiência comercial e estratégica na indústria de pneus, Paolo Mantovani ocupou cargos importantes nos segmentos de veículos de passageiros, camiões, recauchutagem e fora de estrada em toda a Europa. A sua forte perspicácia empresarial e profundo conhecimento dos requisitos OEM serão fundamentais para impulsionar o crescimento e a expansão da BKT nos setores industrial e OTR nos principais mercados da empresa. Na sua função, Paolo Mantovani reforçará o organograma da BKT no canal OE, seguindo um plano estratégico bem definido que consolidará e expandirá a liderança da empresa em todo o mundo, ao mesmo tempo que promoverá relações sólidas com os parceiros OEM, incentivará a inovação e apoiará a visão de longo prazo da BKT para um crescimento sustentável e lucrativo nos mercados globais. C M Y CM MY CY CMY K

7 ATUALIDADE Nova patente da Cimpor aprovada em Portugal A Cimpor recebeu a aprovação da patente internacional nº 2022203642, em território português, relativa a um novo método de produção de betão com recurso à utilização de escórias de alto-forno e sedimentos resultantes da lavagem de agregados. A invenção, já patenteada na Turquia, recebeu recentemente o aval do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e representa um avanço na estratégia da empresa de promover a inovação e a sustentabilidade no setor da construção. Esta nova abordagem permite a produção de um ligante geopolimérico com elevada resistência à compressão, sem necessidade de processos de cura térmica, por água ou vapor. Desenvolvido a partir de materiais residuais da indústria siderúrgica e da lavagem de agregados, o método representa uma alternativa mais eficiente e ecológica às práticas tradicionais e contribui para a valorização de resíduos industriais, o que se traduz numa redução significativa do seu impacto ambiental. FAÇA A ESCOLHA CERTA ESCOLHA CATERPILLAR® PÁS DE RODAS PEQUENAS DISPONIBILIDADE IMEDIATA CAT® 938 www.stet.pt 800 206 707 apoioaclientes@stet.pt (grátis) BO13 Física - Pás de Rodas Pequenas CAT.pdf 2 15/09/2025 16:25:37

8 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Himoinsa inaugura Centro de Inovação e Coworking O novo centro reúne zonas de exposição tecnológica e de produtos, áreas de trabalho colaborativo e espaços imersivos para networking comercial. O edifício foi concebido com um design arquitetónico sustentável, utilizando materiais reciclados, tintas ecológicas, iluminação LED e outras soluções de baixo impacto ambiental. O novo Centro de Inovação e Coworking da Himoinsa simboliza uma nova etapa no compromisso da empresa com a inovação, a sustentabilidade e a ligação entre as pessoas. Concebido como um ponto de encontro multidisciplinar, este espaço foi projetado para promover a colaboração entre equipas, enriquecer a experiência de visita do cliente e exibir o potencial tecnológico da empresa num ambiente cuidado, inspirador e funcional. O edifício reúne zonas de exposição de produtos, áreas de trabalho colaborativo, espaços imersivos para networking Grupo de Jovens Engenheiros da região sul impulsiona o futuro da engenharia A Ordem dos Engenheiros Região Sul (OERS) constituiu um Grupo de Jovens Engenheiros (GJE-OERS), uma iniciativa estratégica destinada a fortalecer o papel dos jovens profissionais na engenharia e na sociedade portuguesa. Com uma equipa de liderança dinâmica e uma missão ambiciosa, o GJE-OERS promete ser um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável e a inovação no setor. O Grupo de Jovens Engenheiros da OERS é composto por membros da Ordem com idade até aos 35 anos (inclusive), inscritos na Região Sul e tem como principal objetivo representar, apoiar e envolver ativamente os jovens engenheiros, tanto dentro da Ordem como na sociedade em geral, incentivando uma participação ativa, o pensamento crítico e a melhoria contínua da OERS. A dinamização do grupo está a cargo de uma equipa de jovens talentos, liderada pelo coordenador Rafael Francisco, engenheiro civil e vencedor da Bolsa de Mérito OERS/ Bankinter em 2025. A ele juntam-se os coordenadores adjuntos Margarida Grou, engenheira geológica e de minas, e Rafael dos Anjos, engenheiro florestal e dos recursos naturais, ambos distinguidos com o Prémio Excelência na Academia da Ordem dos Engenheiros – região sul nas suas respetivas especialidades. Filipa Caetano, engenheira química e biológica, completa a equipa de coordenação. A estes juntam-se outros membros voluntários, que contribuem com o seu empenho e visão para o sucesso do grupo. comercial e uma atmosfera estética que equilibra o design contemporâneo e a filosofia oriental, refletindo a sinergia entre a Himoinsa e a Yanmar. Tudo isto, sob os princípios da construção sustentável e da filosofia Hanasaka.

9 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Startup portuguesa constrói primeira obra pública com impressão 3D A primeira obra pública com recurso a impressão 3D foi apresentada no início de setembro, no Ecocentro de Perafita, em Matosinhos. A obra resultante de um concurso público para a Câmara Municipal de Matosinhos está a ser executada pela startup portuguesa Havelar em tempo recorde: em apenas uma semana foram construídos 500m2 e prevê-se que esteja finalizada no espaço de cinco meses. Com um investimento de 800 mil euros, no novo edifício ficará sediado o projeto ReCircular, dedicado à reciclagem e reutilização de resíduos eletrónicos para economia circular com uma vertente social, que irá empregar pessoas com incapacidade daquela região. A visita de acompanhamento de obra decorreu no Ecocentro de Perafita e contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, e com o cofundador e CEO da Havelar, José Maria Ferreira. Semana Europeia do Aluguer de 2025 realiza-se em outubro A ERA (Associação Europeia de Aluguer) anunciou que a Semana Europeia do Aluguer 2025 será celebrada de 13 a 19 de outubro de 2025. O lema deste ano, 'Impulsionando o futuro: Transições, Sustentabilidade, Pessoas', destaca o compromisso desta indústria com a inovação, a responsabilidade ambiental e o talento humano que impulsiona o setor do aluguer de equipamentos. A Semana Europeia do Aluguer envolve profissionais do setor, partes interessadas e líderes de opinião para debater as principais tendências, inovações e desafios que moldam o futuro do setor do aluguer. O objetivo desta iniciativa é gerar consciência, compromisso e participação neste importante evento do setor, promovendo debates e colaborações significativas dentro da comunidade de aluguer de máquinas. O hashtag que será utilizado para todas as comunicações relacionadas será: #RentalWeek2025 Aberto concurso público para construção da nova variante à EN222 A Infraestruturas de Portugal (IP) informa que foi aberto o concurso público para a construção da nova Variante à EN222, entre o Nó de Canedo da A32 e a zona industrial de Serrinha, decorrente da melhoria das acessibilidades à área empresarial de Lavagueiras, em Castelo de Paiva. Esta é uma empreitada com um investimento associado de 78,5 milhões de euros, com origem na RCM n.º 69/25, de 20 de março, que define uma estratégia nacional para implementar um conjunto de investimentos considerados essenciais para melhorar as acessibilidades a áreas de acolhimento empresarial e ao aumento da capacidade da rede rodoviária. Com esta intervenção pretende-se solucionar os problemas de fluidez de tráfego e contribuir para aproximar as zonas empresariais aos eixos que constituem a malha fundamental para o transporte de pessoas e mercadorias. Os benefícios decorrentes deste investimento vão, assim, dar um importante contributo para a melhoria da qualidade de vida e segurança das populações locais, bem como para a competitividade das atividades económicas locais e envolventes.

10 Smopyc 2026: uma edição recorde que voltará a transformar Saragoça na capital das máquinas Começou a contagem decrescente. De 15 a 18 de abril de 2026, a Feria de Saragoça, em Espanha, voltará a encher-se de inovação, grandes equipamentos e talento profissional com a realização da Smopyc, a Feira Internacional de Maquinaria para Obras Públicas, Construção e Mineração. Um evento que não é apenas uma montra comercial, mas também um ponto de encontro onde se decide o rumo de um setor fundamental para a economia.

11 Após vários anos de crescimento sustentado no setor, a Smopyc chega no momento certo para capitalizar o boom da indústria. As previsões são claras: mais de 100.000 metros quadrados de exposição, mais de 1.000 marcas representadas e uma participação que pode bater recordes. UMA MONTRA DE INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E EXPERIÊNCIA Entre as principais novidades desta edição, os visitantes irão encontrar nove pavilhões, uma zona de exposição ao ar livre, bem como uma área de demonstrações ao vivo, onde os equipamentos vão poder ser vistos em pleno funcionamento. Além disso, a Smopyc irá reunir uma ampla representação de novas marcas, consolidando o seu papel como a maior montra de maquinaria do sul da Europa. O Pavilhão da Inovação - em colaboração com a ITA, a Anmopyc e a PTEC -, será um dos principais focos de atenção. Nele serão exibidos os projetos de inovação em curso e serão apresentados desafios tecnológicos aos profissionais que o visitarem, promovendo a interação direta entre a indústria e o talento. AGENDA DE ALTO NÍVEL COM OS PRINCIPAIS PLAYERS DO SETOR A Smopyc também se irá demarcar pelo seu extenso e qualificado programa de conferências setoriais. Entre os eventos programados, destaque para os seguintes: • Conferência sobre novas tecnologias em maquinaria de construção, obras públicas e mineração, organizada pela Anmopyc. • Encontro sobre avanços em maquinaria de geotecnia aplicada, a cargo da AETESS. • Conferência 'Presente e futuro do camião de obra', promovida pela revista Truck. • Encontros organizados pelas principais associações do setor: assembleias, mesas redondas, comités técnicos...

12 Além disso, o certame contará com conferências temáticas como: • O Dia do Locador, organizado pela Aseamac. • O Dia do Demolidor, organizado pela AEDED. • O Encontro do setor de locação, promovido pela Eleva. JOVENS AO VOLANTE DO FUTURO Um dos grandes desafios do setor é atrair jovens talentos. Consciente e comprometida com esta realidade, a Smopyc concebeu ações específicas para aproximar as novas gerações das máquinas. Em colaboração com a Afurpo e a Eleva, a feira irá acolher a II Competição de Futuros Profissionais de Maquinaria e Elevação, na qual alunos de FP de toda a Espanha irão competir para demonstrar as suas habilidades. Um evento que na última edição foi um grande sucesso e que promete repetir o entusiasmo de estudantes, professores e empresas. A Smopyc 2026 não será apenas uma feira. Será o ponto de encontro de uma indústria em plena transformação, aberta à inovação, comprometida com a sustentabilidade e preparada para liderar o futuro da construção. Além disso, será incentivada a visita de grupos de estudantes do 4.º ano do ensino secundário e de formação profissional, para que descubram em primeira mão as oportunidades de emprego de um setor que procura mãos preparadas e mentes inquietas. RECONHECIMENTO À INOVAÇÃO: PRÉMIOS E DISTINÇÕES A Smopyc irá novamente entregar o seu prestigiado Prémio de Novidades Técnicas, que este ano incorpora novas categorias centradas nos desafios atuais do setor: automação, economia circular, emissões, sustentabilidade, digitalização e investigação. UM SALÃO COM PROJEÇÃO INTERNACIONAL A Smopyc não conhece fronteiras. A internacionalização será novamente um dos seus eixos principais. Em parceria com a Anmopyc, serão organizadas missões comerciais que trarão compradores de mercados estratégicos da Europa, África e América Latina. O perfil dos visitantes é tão variado quanto especializado: empresas de aluguer, construtoras, subcontratadas, fabricantes de agregados e betão, importadores, engenheiros, arquitetos e operadores de maquinaria. Um público profissional que torna a Smopyc um espaço privilegiado para fechar acordos, gerar contactos e descobrir novas tendências. n

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14 MAQUINARIA PORTUGAL REPRESENTADO NAS SEMIFINAIS EUROPEIAS DA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL DA CATERPILLAR OPERATOR CHALLENGE 2025: TALENTO AO COMANDO DAS MÁQUINAS CAT A STET organizou, no passado dia 31 de maio, nas suas instalações da Maia, a fase nacional do Global Operator Challenge 2025, uma iniciativa promovida pela Caterpillar que reúne operadores de todo o mundo para demonstrar as suas competências técnicas ao comando de equipamentos CAT. Durante o evento, os operadores enfrentaram três provas distintas, cada uma focada em áreas essenciais da operação de máquinas: movimentação de carga com a pá de rodas CAT 950, manobrabilidade com a retroescavadora CAT 428 e escavação de precisão com a escavadora CAT 323. Os desafios foram pensados para refletir as exigências reais do trabalho no terreno, valorizando a precisão, a segurança e a eficiência em detrimento da velocidade. O operador José Oliveira destacou-se entre os participantes e conquistou o primeiro lugar, assegurando a representação de Portugal nas semifinais europeias do Operator Challenge, que decorrerão, em Málaga. Além da vertente competitiva, o evento proporcionou um ambiente de partilha entre profissionais do setor, colaboradores da STET e visitantes. Um dos momentos marcantes foi a exposição da edição especial da retroescavadora CAT 432, comemorativa dos 100 anos da marca Caterpillar, que despertou grande interesse junto dos presentes.n

NA HUSQVARNA CONSTRUÇÃO Acreditamos em formas de trabalho sustentáveis, tanto para os nossos clientes finais como para os nossos distribuidores e locadores. Sendo um parceiro de confiança a nível mundial e contribuindo com métodos inovadores para que os nossos clientes sejam mais produtivos e tenham mais sucesso, ampliando os horizontes para o futuro de forma responsável.. Husqvarna Portugal, SA - Estrada terras da lagoa - Lagoa-Albarraque, 2635-595, Rio Mouro - Portugal - Tel. 219 254 740 - infoes@husqvarnagroup.com

ENTREVISTA 16 RODRIGO CARRERA, COUNTRY MANAGER DA HUSQVARNA IBERIA “Confio profundamente nas pessoas que me acompanham. Sem uma equipa sólida e empenhada, não poderia trabalhar. Eles são o coração desta nova etapa na Husqvarna” Durante o mês de maio, dez cidades de Portugal e Espanha - Madrid (6 de maio), Valência (8 de maio), Múrcia (12 de maio), Málaga (14 de maio), Sevilha (16 de maio), Lisboa (19 de maio), Porto (21 de maio), Santiago (23 de maio), Vitória (26 de maio) e Barcelona (28 e 29 de maio) - receberam o roadshow Tour Iberia 2025 da Husqvarna Construction, um evento extraordinário que promoveu o contacto direto e próximo dos responsáveis da empresa com distribuidores, clientes e utilizadores finais, bem como a apresentação de uma ampla gama de produtos. Nesta entrevista, o country manager Rodrigo Carrera descreve-nos os objetivos da iniciativa, os segredos do bom momento que a empresa atravessa e as metas que se propõe alcançar no futuro próximo. David Muñoz

ENTREVISTA 17 O Tour Iberia 2025 da Husqvarna Construction percorreu dez cidades de Portugal e Espanha. Como surgiu esta iniciativa e com que objetivos? Esta foi a terceira edição do roadshow na Península Ibérica. A primeira foi organizada sob a marca Blastrac, antes da sua integração na Husqvarna, e a segunda em 2021, logo após a integração, o que nos permitiu apresentar a nova linha de preparação de superfícies. Desde o início, o objetivo deste roadshow sempre foi o mesmo: aproximar a equipa humana da Husqvarna, mostrar novidades, estabelecer uma relação direta e facilitar o diálogo com os clientes, transmitir confiança e manter- -nos ao seu lado para os próximos desafios. Além do contacto direto com o cliente, este tipo de eventos também permite apresentar novidades de produtos... Efetivamente, também aproveitamos o roadshow para apresentar produtos, mas insisto que o mais importante para nós é demonstrar a nossa proximidade com o mercado. Desde que iniciámos esta nova etapa, após a integração com a Blastrac, e coincidindo com a minha incorporação na Direção da empresa, temos trabalhado para consolidar a equipa. E após este período de preparação, acreditamos que já estamos prontos para avançar para a próxima fase de uma maior conexão com o mercado. Este roadshow representa, precisamente, o ponto de partida para esta nova etapa. Nestes últimos dois anos, a Husqvarna Iberia também sofreu uma reestruturação organizacional importante, não foi? Sim, realizámos uma reestruturação que afetou praticamente todos os departamentos, do comercial ao pós-venda. Uma reorganização que faz parte de uma estratégia global com a qual esperamos desfrutar de um novo impulso comercial. Como está estruturada agora, por exemplo, a gestão comercial? A organização atual centra-se em torno de dois canais de venda: por um lado, o cliente final; por outro, a distribuição e o aluguer. Cada canal conta com responsáveis específicos e especialistas em produtos que apoiam as diferentes linhas de negócio. E a área de serviço pós-venda? A área de serviço é gerida de forma independente, com um enfoque próprio dentro do conjunto da organização. Isto permite-nos oferecer uma assistência técnica especializada e ágil, como demonstra o facto de os nossos técnicos se deslocarem diretamente ao local onde se encontra a maquinaria, garantindo uma resposta eficaz e próxima do cliente. Voltando ao roadshow... na sua opinião, que valor acrescenta este tipo de iniciativa a quem participa? Como referi anteriormente, o valor destes encontros reside na proximidade entre a Husqvarna e os nossos clientes. O nosso objetivo é estar a seu lado, oferecer-lhes um Equipa da Husqvarna Iberia no início do primeiro roadshow, em Madrid.

ENTREVISTA 18 contacto pessoal e direto com a equipa da Husqvarna. Durante a digressão, apresentámos várias novidades relevantes, incluindo o Autogrinder, que, embora não tenha estado fisicamente presente, foi explicado em profundidade a todos os interessados. Estas jornadas permitiram aos profissionais não só conhecer as nossas soluções mais recentes, mas também trocar impressões pessoalmente e transmitir-nos as suas necessidades de forma imediata. Durante o roadshow foi apresentada alguma novidade especialmente relevante? As principais novidades apresentadas concentram-se nas áreas da aspiração e filtragem de pó. Nos últimos anos, os equipamentos de preparação de superfícies atingiram níveis realmente elevados de desempenho e produção, pelo que agora o foco está na proteção do operador, especialmente contra riscos como a silicose. Por isso, apresentamos melhorias importantes nos sistemas de aspiração e filtragem. Foram igualmente apresentadas novidades em máquinas de corte de paredes, perfuração e, claro, preparação de superfícies. A Husqvarna Construction apresentou na Bauma 2025 a polidora ‘autónoma’ Autogrinder. Para quando está prevista a sua chegada ao mercado ibérico? Posso adiantar que já recebemos duas encomendas durante uma recente viagem à Suécia e estimamos que as primeiras entregas serão feitas em breve. Ainda em relação ao roadshow, a que perfis profissionais se destinou esta iniciativa? Embora os vários eventos tenham estado abertos a todos os profissionais do setor, registámos uma maior afluência de empresas especializadas em preparação de superfícies, distribuidores e locadoras. Mas também de empresas de demolição e reabilitação e de muitas outras áreas, já que a gama de soluções apresentadas foi muito ampla e cobriu as necessidades de vários segmentos. Pelo que percebemos, o canal de distribuição está a ganhar cada vez mais força na estratégia comercial da Husqvarna Iberia, não é assim? É verdade. A estratégia da Husqvarna tem sido, historicamente, dar prioridade ao canal de distribuição e vamos manter estas bases sólidas, concentrando energias e recursos no apoio ao cliente profissional. Esta abordagem faz parte do ADN da empresa, cuja origem está precisamente num modelo baseado na distribuição especializada e, nos últimos anos, no desenvolvimento do canal profissional. Um roadshow como o Tour Iberia 2025 requer uma mobilização significativa de recursos. Que equipa humana e técnica envolveu cada etapa? Para cada paragem do tour, mobilizámos uma equipa de sete a oito pessoas. Contámos com dois motoristas responsáveis pelo transporte do camião, um mecânico que dá apoio local, pessoal de marketing, especialistas em produtos... A logística foi complexa, mas todo este pessoal permitiu-nos garantir uma atenção direta e especializada em cada etapa. Quantas máquinas transportaram? No total, foram mais de 40 máquinas. Todas elas foram transportadas no nosso camião especialmente adaptado para eventos e demonstrações. Em cada ponto de paragem esta máquinas foram usadas pelas nossas equipas para oferecer demonstrações e sessões informativas aos visitantes. Este camião já participou noutras ações da Husqvarna a nível europeu, certo? Correto. Este veículo faz parte de uma frota que utilizamos para diferentes eventos em toda a Europa. Já em 2021, utilizámo-lo numa digressão semelhante e também o levámos à feira Smopyc. Camião que percorreu as dez cidades do Tour Iberia 2025 da Husqvarna Construction. Profissionais de Portugal e Espanha partilharam opiniões e experiências com os responsáveis da Husqvarna Iberia durante o roadshow.

ENTREVISTA 19 Deixando de lado a digressão, como foi a primeira parte de 2025 para a Husqvarna Iberia? O início do ano foi positivo. Encerramos o primeiro trimestre com um crescimento de dois dígitos, o que confirma uma tendência ascendente nos últimos dois exercícios. Nesse sentido, mantemos boas perspetivas para o conjunto do ano. Além disso, relatórios recentes de entidades como a KPMG e a IHS coincidem em projetar um ambiente favorável no setor até pelo menos 2028, o que reforça a nossa confiança na evolução do mercado ibérico. Em que perfil de cliente observaram um melhor comportamento durante este período? Os canais com melhor desenvolvimento são a distribuição e as empresas especializadas na preparação de superfícies, o que segue a linha de crescimento dos últimos anos. São categorias em que temos uma posição consolidada e nas quais continuamos a reforçar a oferta através da inovação. Qual foi a evolução de outras áreas, como a demolição ou o corte de betão? Nas linhas de corte e demolição, continuamos a trabalhar para recuperar a plena confiança do mercado. Tomámos decisões importantes para reforçar a estrutura técnica e comercial, incorporando novos perfis e reorganizando a equipa de produto e serviço pós-venda. O objetivo é claro: oferecer um atendimento mais próximo e eficiente que nos permita voltar a posicionar-nos com força nessas áreas. Além disso, a orientação do mercado para a reabilitação é evidente, e estamos a adaptar a nossa proposta de valor a essa procura. Existem tendências claramente marcadas no setor de máquinas de construção, como a eletrificação, a digitalização, a automação ou a melhoria da segurança. Como é que a Husqvarna está a abordar cada uma destas linhas estratégicas? Todas estas tendências estão presentes no nosso roteiro. No caso da automatização, por exemplo, o Autogrinder é um exemplo claro. Este tipo de soluções ganha especial relevância num contexto em que a disponibilidade de mão de obra qualificada está a diminuir e, por isso, a eficiência operacional passa necessariamente pela automatização de processos. Quanto à eletrificação, o mercado ainda não mostra uma procura decidida, especialmente na nossa região. Acreditamos que ela chegará, mas ainda não é uma realidade consolidada. Nos países onde a eletrificação foi Durante o roadshow a Husqvarna Iberia expôs várias soluções do seu portefólio. O roadshow também incluiu demonstrações práticas para mostrar a versatilidade e eficiência dos equipamentos Husqvarna.

ENTREVISTA 20 implementada com mais força, isso aconteceu não tanto por questões ambientais, mas por razões de segurança. Os equipamentos a bateria oferecem vantagens nesse sentido: ao detetar um uso incorreto ou uma falha, o sistema pode parar automaticamente, o que não acontece com os equipamentos a combustão devido à inércia mecânica. Embora, na altura, a eletrificação tenha sido impulsionada por motivos ambientais, o benefício mais imediato é a melhoria na segurança do operador. Em matéria de saúde no trabalho, acha que o mercado está mais sensibilizado para aspetos como, por exemplo, a proteção contra poeiras? Em determinados aspetos, como a filtragem de pó, observamos uma maior consciencialização. Mas há outras áreas em que ainda há um longo caminho a percorrer. Muitas vezes, não é a falta de regulamentação, mas sim o seu cumprimento ou a sua não aplicação efetiva. Por isso, nós, fabricantes, temos um papel ativo na promoção de boas práticas e até mesmo na antecipação das exigências regulamentares para proteger a saúde do operador. Como bem sabe, neste setor, o serviço pós-venda é quase tão importante quanto o próprio produto. Que aspetos destacaria do serviço oferecido pela Husqvarna Iberia e sua rede de distribuição? Na linha de produtos comercializados através da distribuição, os nossos revendedores dispõem de uma plataforma interna que lhes permite aceder em tempo real à documentação técnica, disponibilidade de stock, prazos de entrega e alternativas em consumíveis ou peças sobressalentes. Esta ferramenta contribui para um atendimento rápido e eficaz. No entanto, o cliente profissional, o ‘utilizador intensivo’, tem outro tipo de exigências. Em muitos casos, devido à urgência das suas operações diárias, não se apoia em ferramentas digitais para resolver uma incidência. Quando se depara com uma paragem na obra, não consulta uma aplicação para verificar a disponibilidade e o prazo de entrega. Por isso, na Husqvarna reforçámos o nosso serviço técnico e pós-venda com equipas e estruturas preparadas para dar uma resposta imediata. Esta é uma das chaves das mudanças que implementámos recentemente no nosso modelo de assistência técnica. Por exemplo, entre os nossos serviços, oferecemos o empréstimo temporário de equipamentos durante os processos de reparação. Encarregamo-nos de recolher o equipamento avariado, deixar um equipamento operacional em substituição e entregar o original reparado em ótimas condições. Atualmente, consolidámos um stock local de diferentes equipamentos, capaz de satisfazer as necessidades em várias linhas de produtos, incluindo robôs de demolição. Diria que os locadores são os clientes mais exigentes em relação a este tipo de serviço? Tradicionalmente era assim, mas no nosso caso não se aplica totalmente. A nossa representação no canal de aluguer baseia-se em determinadas gamas de produtos especializados e os nossos clientes têm as soluções ao seu alcance. O apoio direto na obra e a resposta ágil são o valor que a Husqvarna pode oferecer ao cliente profissional. Durante o roadshow, foi promovido o networking entre os responsáveis da Husqvarna e os convidados.

ENTREVISTA 21 Está prestes a completar dois anos como country manager da Husqvarna Iberia. Que balanço faz desta etapa? E o que destacaria da equipa humana que o acompanhou durante este tempo? O balanço é muito positivo. Foi uma etapa de grande aprendizagem e estou ciente de que ainda há muito a percorrer. Os desafios motivam-me, não sou uma pessoa que gosta de trabalho repetitivo. Tudo o que envolve movimento, desenvolvimento, evolução... interessa-me e impulsiona-me. Nesse sentido, esta experiência está a ser muito enriquecedora. Quanto à equipa, para mim é a essência do nosso dia a dia. Confio profundamente nas pessoas que me acompanham. Sem uma equipa sólida e comprometida, não poderia trabalhar. Eles são o coração desta nova etapa na Husqvarna. Tem planos para aumentar a equipa a curto ou médio prazo? Sim. Nos últimos dois anos, tivemos uma redução do nosso quadro de funcionários. Foram feitas novas contratações, embora ainda haja vagas a preencher. O crescimento é necessário para acompanhar a nossa evolução. Este ano encontrámo-nos na Bauma... Que balanço faz da feira? Já participei em várias edições da Bauma. A primeira, se bem me lembro, foi em 2007. Participei de forma independente, representando a minha própria empresa, e também como parte de uma equipa maior para empresas multinacionais. Sempre foi um ponto de encontro fundamental no setor. A Bauma reflete claramente o presente e o futuro do mercado. Nesta edição, percebemos uma forte concentração de grandes players. Há 20 anos, era possível distinguir uma atomização de diferentes fabricantes com diferentes localizações geográficas, incluindo um grande número de fabricantes locais em pequenos stands. Lembro-me de pelo menos seis fabricantes alemães apenas na preparação de superfícies, além de alguns suíços, holandeses... Era um ecossistema muito diversificado. Hoje, isso mudou radicalmente. Restam apenas três players relevantes, e alguns dos pequenos que persistem fazem-no sem uma estrutura sustentável ou já fabricando fora da Europa. Perdeu-se a essência da tecnologia local. Estou convencido de que na próxima edição veremos ainda mais concentração e a incorporação de novos participantes interessados em capturar parte do mercado da UE. Em muitos segmentos, estamos a assistir a um crescimento da concorrência asiática. Também notaram isso na vossa área de trabalho? Sim, notámos. Os fabricantes asiáticos estão à procura de uma porta de entrada para o mercado europeu através de parcerias com empresas locais. Também observámos isso na nossa linha de produtos, o que aumenta a concorrência. Para terminar, que projetos tem a Husqvarna Iberia para o futuro próximo? A melhoria contínua do serviço pós-venda é uma das nossas prioridades. Isso implica mudanças ao nível do pessoal, do stock e das oficinas? Sim. Como mencionámos anteriormente, um dos maiores desafios que os nossos clientes enfrentam é a escassez de profissionais qualificados. Independentemente do setor, encontrar operadores bem formados e experientes é cada vez mais complicado. Esta carência representa uma oportunidade para nós. Podemos oferecer apoio aos nossos clientes, fornecendo equipamentos de alta qualidade e garantindo que, mesmo com pessoal menos qualificado, eles possam continuar a operar com eficácia. Ponderam fornecer operadores aos vossos clientes? Não, não forneceremos operadores diretamente, mas continuaremos a expandir a nossa equipa de suporte para garantir que os nossos clientes tenham acesso aos equipamentos e soluções adequados. Os perfis juniores carecem da experiência necessária e a renovação geracional atualmente não cobre as necessidades do setor. É aqui que devemos oferecer suporte, garantindo que os nossos clientes tenham o necessário para continuar a trabalhar sem interrupções. Imagino que também continuem a incluir formação na vossa oferta de serviços… A formação é fundamental para nós. É uma prática constante que herdámos da Blastrac. Em Madrid, realizámos até formações a nível europeu, não só para a nossa própria marca, mas também para colaboradores. A formação é fundamental tanto para o presente como para o futuro, e continuaremos a promovê-la. Tencionam participar na Smopyc no próximo ano? Sim, sem dúvida. É o evento de referência do nosso setor. n O Tour Iberia 2025 da Husqvarna Construction foi uma forma da empresa estreitar a relação com os seus clientes de Portugal e Espanha

22 ALUGUER Convenção ERA 2025 promove debate sobre as transições no mercado do aluguer A Associação Europeia de Aluguer (ERA) realizou a sua Convenção anual em Dublin, nos dias 4 e 5 de junho, sob o lema 'Navegar as Transições no Aluguer'. O evento reuniu mais de 350 profissionais do setor do aluguer, fabricantes, legisladores e líderes de opinião de toda a Europa e outras partes do mundo. Esta edição da convenção centrou-se em como o setor do aluguer está a responder a algumas das transições mais urgentes do nosso tempo, como a transição energética, a digitalização e a IA, bem como o impulso que está a ser dado à sustentabilidade. O presidente da ERA, Stéphane Henon, abriu a convenção destacando a posição única do setor, enquanto Eamon McCafferty, fundador da CCI (Construction Contractors Ireland), deu as boas-vindas aos participantes em Dublin. Entre os destaques do programa, incluiu-se uma apresentação do projeto emblemático da ERA sobre transição energética por Matt Ross (Sunbelt Rentals) e Arthur Angelier (EY), seguida de uma mesa redonda sobre os desafios do TCO com espeA Convenção ERA 2025 reuniu mais de 350 profissionais do setor em Dublin. Foto: ERA.

A convenção também acolheu a Assembleia Geral da ERA, onde os membros participaram em decisões importantes para o futuro da associação 23 ALUGUER cialistas da CPA, LGMG, Ritchie Bros, Volvo CE e Zeppelin Rental. A sessão 'Da digitalização à IA' contou com as perspetivas de Ilias Iakovidis (Comissão Europeia), Alexander Schuessler (SmartEquip), Marine Cabrol (KPMG) e Joel Särkkä (Renta), bem como casos de sucesso da Loxam, Ardent Hire, Sunbelt e Renta. Antoine Onillon (KPMG) apresentou uma perspetiva exclusiva do mercado de aluguer para 2025/26. Três workshops abordaram a inovação técnica, a sustentabilidade e as tendências futuras. A convenção foi encerrada com uma palestra de Jamie Anderson, que inspirou os participantes com uma mensagem comovente sobre 'Liderar num mundo complexo'. A convenção também acolheu a Assembleia Geral da ERA, onde os membros participaram em decisões importantes para o futuro da associação. Durante a convenção, a ERA anunciou oficialmente uma transição na liderança, com a despedida do secretário-geral Michel Petitjean no final de junho de 2025, após 19 anos de serviço. Carole Bachmann, que faz parte da ERA desde 2013, foi apresentada como sua sucessora e nova secretária-geral. A convenção da ERA também acolheu a cerimónia de entrega dos Prémios Europeus de Aluguer 2025, que reconheceram as realizações mais notáveis do setor do aluguer de equipamentos na Europa. A ERA felicita todas as empresas pré-selecionadas e agradece sinceramente a todos os participantes. O evento foi possível graças ao apoio dos patrocinadores: Case Construction e Perkins (patrocinadores Ouro) e Haulotte, Trackunit e Volvo Construction Equipment (patrocinadores Prata). n Stéphane Henon, presidente da ERA. Foto: ERA. Novo Conselho de Administração da ERA. Da esquerda para a direita: José Blanco (Aseamac), Vicent Albasini (Alayan), Arne Severin (vice-presidente - Zeppelin Rental), Frank Seidler (HKL), Olivier Colleau (Kiloutou), Stephane Henon (presidente - Loxam) e Phil Parker (Sunbelt). Foto: ERA.

24 ALUGUER Alayan, GAM, Loxam e Kaeser entre os vencedores dos Prémios Europeus de Aluguer 2025 Dublin acolheu na noite de 4 de junho a gala de entrega dos Prémios Europeus de Aluguer 2025, organizados pela Associação Europeia de Aluguer (ERA) e pela revista International Rental News. A Alayan foi a vencedora na categoria de Melhor Grande Empresa de Aluguer do Ano, e a GAM e a Loxam partilharam o prémio do Comité de Sustentabilidade da ERA pela iniciativa Reviver e pela redução de emissões durante a cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris, respetivamente. A Kaeser recebeu, nesta ocasião, o prémio do Comité Técnico. A cerimónia de entrega dos Prémios Europeus de Aluguer foi realizada no âmbito da Convenção da ERA, que este ano teve lugar em Dublin. Mais de 60 candidaturas foram apresentadas para esta edição, e o momento mais emocionante foi a entrega do prémio pela trajetória profissional a Michel Petitjean, que deixa o cargo de secretário-geral da ERA após 19 anos de liderança e dedicação total ao setor de aluguer na associação. A LISTA COMPLETA DE VENCEDORES E FINALISTAS FOI A SEGUINTE: Grande locadora do ano (mais de 15 milhões de euros de faturação) Vencedor: Alayan (anteriormente Tesya) - Itália, Espanha e Portugal Os juízes afirmaram: "2024 foi um ano extraordinário para a Alayan: fundiu negócios de aluguer sob a mesma bandeira, realizou várias aquisições, entrou num novo país e abriu 14 novas filiais". Finalistas: • KDM Hire - Reino Unido • Sunbelt Rentals - Reino Unido Foto de família com os vencedores dos Prémios Europeus de Aluguer 2025. Foto: IRE.

25 ALUGUER PME de aluguer do ano (menos de 15 milhões de euros de faturação) Vencedor: EuroTecno - Itália Os juízes afirmaram: "2024 foi um grande ano para a EuroTecno, com crescimento financeiro, investimento em pessoal e projetos inovadores com escolas e universidades locais". Finalistas: • Highsparks - Reino Unido • PSM Plant - Reino Unido Produto de aluguer do ano Vencedor: Trime, pelo gerador MGTP 24000/30 THS Os juízes afirmaram: "A eficiência energética e a redução das emissões de carbono foram características comuns em todos os produtos pré-selecionados, mas o grupo eletrogénico da Trime destacou-se como um produto concebido especificamente para o mercado de aluguer". Finalistas: • Atlas Copco – sistema de armazenamento de energia ZBC1000-12000 • HG – dumper E1000 HT • Niftylift – braço telescópico HR22SE Tecnologia de aluguer do ano Vencedor: Trackunit – plataforma de dados IrisX Os juízes afirmaram: "A Trackunit tem sido pioneira e inovadora em tecnologia de aluguer. A sua plataforma IrisX está a ajudar as empresas de aluguer a acelerar a sua transformação digital". Finalista: • Calculus – C06w Gateway Melhor iniciativa de segurança por uma empresa de aluguer Vencedor: Sunbelt Rentals UK Os juízes afirmaram: "As iniciativas de saúde e segurança da Sunbelt foram abrangentes, mas, mais importante ainda, tiveram um impacto positivo e mensurável nos incidentes de trabalho". Finalista: • GSV – campanha de digitalização da segurança Prémio do Comité de Sustentabilidade da ERA: melhor iniciativa sustentável por uma empresa de aluguer Vencedores: GAM e Loxam O Comité de Sustentabilidade da ERA declarou: «Todas as candidaturas a este prémio foram impressionantes, especialmente as das três empresas pré-selecionadas. Em suma, queríamos destacar a Loxam e a GAM por serem projetos de sustentabilidade muito diferentes”. Finalista: • Kiloutou Prémio do Comité Técnico da ERA: melhor iniciativa para minimizar o custo de propriedade Vencedor: Kaeser O Comité Técnico da ERA afirmou: "Parabenizamos a Kaeser por atingir o seu objetivo: simplificar e tornar mais económica a manutenção dos seus compressores portáteis". Finalistas: • Atlas Copco • Xtellio Prémios para a Personalidade do Ano no Setor do Aluguer e para a Trajetória O Prémio para a Trajetória foi atribuído a Michel Petitjean, secretário-geral da Associação Europeia de Aluguer (ERA), em reconhecimento pelo seu percurso no setor do aluguer e pelo seu papel na associação desde que se juntou a ela em 2006. Michel aposentou-se do cargo na ERA no final de junho. Bodel Blom, diretora-geral da Byggutrustning Lulea AB, da Suécia, ganhou o prémio de Personalidade do Ano pelo seu excelente trabalho na valorização do papel das pequenas e médias empresas na Suécia. n MEMBROS DO JÚRI DOS PRÉMIOS EUROPEUS DE ALUGUER 2025 • Stéphane Hénon, presidente da ERA e diretor-geral da Loxam • Jon Overman, CEO da HSS Hire Shops • Murray Pollok, editor da IRN • Monika Rubensson, CEO da Rentalföretagen (Associação Sueca de Aluguer) • Frank Seidler, diretor-geral da HKL • Michel Petitjean, secretário-geral dos Prémios Europeus de Aluguer (sem direito a voto). Michel Petitjean, secretário-geral da ERA, recebe o Prêmio de Trajetória das mãos de Stéphane Hénon, presidente da ERA e diretor-geral da Loxam. Foto: IRE.

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